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A maternidade é solitária. Sim, a maternidade é linda, louvável, uma experiência única de doação, renúncia e amor incondicional. Com ela multiplicam sentimentos como amor, alegria, mas ao mesmo tempo é uma vivência desafiadora e muitas vezes, enfrentamos sozinhas esse turbilhão de emoções.

Mães são provadas, testadas, julgadas, apontadas, duramente criticadas o tempo todo. Ela é culpada pelos outros e por ela mesma, por qualquer coisa que saia do controle.

A cólica do bebê é culpa da sua alimentação. Mesmo que todos saibam que ainda não há comprovação científica de que sua alimentação influencie no amadurecimento do sistema gastrointestinal do bebê, basta o neném chorar para que a mãe seja indiciada.

No meu caso, já cortei da alimentação tudo o que é recomendado – feijão, couve, cebola, brócolis, repolho, chocolate, leite, café (esse me faz uma falta!)… E mesmo assim quando a cólica aparece na minha neném no final do dia, sofro e choro junto com ela.

A depressão pós parto ou a chamada zona azul são absolutamente comuns no puerpério. A mulher passa por uma radical transformação no seu corpo, é uma enxurrada de hormônios, mudanças no eixo gravitacional do seu corpo, da sua cabeça e do seu coração. Mesmo assim, ela não pode chorar. Tem que estar plena para atender as demandas de todos. Incluindo em todos, recém nascido, o pai, outros filhos – se tiver e as visitas.

Por falar em visitantes, sugiro que não se visite antes de no mínimo quarenta dias, exceto se for muito íntimo e se pretender levar ajuda. A ajuda nessa hora é muito bem-vinda. Ela pode chegar em forma de um abraço, silêncio, louça lavada, roupa de cama trocada, um bolo gostoso e o mínimo de cobranças e palpites.

A mamãe recém chegada da maternidade precisa de paz. Ela não sabe mais o que é dormir uma boa noite de sono, ela não tem tido tempo nem de ir ao banheiro. Então, sonha com as coisas mais simples, como sentar no vaso sanitário calmamente para fazer o número dois, com um banho morno demorado ou uma massagem corporal com seu hidratante preferido. Pintar as unhas, se maquiar ou escovar os cabelos virou artigo de luxo.

Ela só quer que seu bebê se desenvolva feliz e saudável. Mães adorariam sentar e tomar um chá sem ouvir o que pode ou não pode, ela não quer saber com quem o bebê mais parece, se há mais alguém na família com seu tom de pele, se ela já pensou o que vai fazer quando acabar a licença maternidade. Também não quer ouvir que muito provavelmente não dormirá bem pelos próximos anos, que não vai se aposentar, que o dólar está quase cinco reais e que o desemprego e que violência só crescem.

A angústia do puerpério já é grande demais para receber notícias catastróficas. Ela não quer falar sobre seu ganho de peso ou sobre métodos anticoncepcionais. Muito menos quer que você implique com o tamanho das suas unhas, com o cumprimento do seu cabelo, com a cinta de compressão ou com a falta dela.

Tudo é novo e intenso. Um conselho para as mamães? Sutilize. Lide com mais leveza e tenha a certeza que vai passar e você e seu bebê sobreviverão. Mesmo diante de tantos desafios, a maternidade é uma experiência tranformadora que nos liberta da incompletude. Que você tenha por perto tranquilidade, equilíbrio e compreensão.

Mesmo contrariando os palpites, tomamos banho juntas no chuveiro. Tempo precioso de afeto e fortalecimento mãe e bebê.

Nunca pensei que uma fratura mudasse tanto a rotina de uma pessoa. Logo eu, sempre tão ativa! Levanto diariamente às seis da manhã e me deito à meia noite. Todos os dias, entre minhas atividades está cuidar da casa, dos filhos, do marido, administrar consultas médicas e odontológicas dos cinco, levar e buscar na escola, faxinar, lavar, passar, cozinhar e claro, trabalhar. Concílio tudo isso em paralelo com meus projetos pessoais (como meu livro novo, blog e canal no YouTube, por exemplo) e ainda me divido entre um ou outro imprevisto que por hora aparece (pai, mãe, irmãos, sobrinhos e amigos).
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Quer ser infeliz?

Não perdoe, viva amargurado e triste.

Essa fórmula é infalível se o seu desejo é ser infeliz. Agora, se você quer ser e fazer feliz, tenha um coração perdoador, doce e alegre. Não fique remoendo a ofensa, deixe ir, avance, olhe pra frente. Não devo perdoar por ser boazinha ou bonzinho. Preciso liberar perdão porque careço de perdão. Na medida que perdoamos, somos perdoados. Perdoar não é ser bobo ou capacho, é ser nobre o bastante para exercitar a compaixão, é ser superior e não levar tudo pro lado pessoal, é não se intimidar, é liberar quem te feriu e escolher não remoer amargura. Ouvi e nunca mais esqueci que o ressentimento é um veneno que se toma esperando que o outro morra. É bem assim, com a falta de perdão você é sempre o maior prejudicado.

Ser doce é o contrário de ser amargo ou azedo. Uma pessoa doce é naturalmente leve, generosa, tratável, mansa, equilibrada. Quem está de bem com a vida contagia quem está ao seu redor. Essa regra também vale para quem está de mal. Gente amarga e ou azeda contamina tudo e todos à sua volta. Pessoa doce vê o lado bom das coisas, tem sempre uma palavra de encorajamento, não vive depreciando, odeia fofoca, não fala mal dos outros, é moderada, compassiva e benevolente.

Agora, para a tristeza, a alegria é a pior coisa que existe. Observe como gente triste odeia gente alegre. É, felicidade incomoda sim. Gente alegre, é bem resolvida, desprendida, tem sorriso estampado no rosto, enfrenta crise, desemprego, divórcio, luto de cabeça erguida. Como diz a música, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Quem escolhe ser feliz, enfrenta o que vier com a convicção de dias melhores. Decida ser alegre ou triste. Não depende das circunstâncias, depende da sua maneira de encarar a vida e as adversidades.

Rafaela Marchezini –  Cronicando para Palavra Inspiradora