Fala-se muito sobre saudade. Dizem que essa palavra é intraduzível em outras línguas. É um sentimento denso, uma emoção difícil mesmo de ser explicada. Só entende quem tem, teve, sentiu ou sente. O coração fica pequenininho, as lembranças trazem à memória os momentos vividos, a razão dá uma olhada no calendário pra ver quanto tempo falta para estar com aqueles que amamos, quando é possível. Se a saudade for de quem já se foi, é ainda maior e inegociável.
Aqui, nesse espaço, tenho me sentido cada vez mais livre para abrir meu coração. Creio que o blog está mais meu do que nunca. Me censurei durante muito tempo e me ative a publicar aqui mais mensagens devocionais que textos pessoais. Esse novo tempo será marcado por mais textos meus mesmo, fruto das minhas reflexões e experiências particulares.
Quando a gente escreve com mais emoção, as palavras alcançam longe, vão mais fundo no coração de quem lê. Agora por exemplo, escrevo com a alma, com minhas emoções mais viscerais.
Para começar esse texto, nada melhor que começar do começo. Parece meio óbvio mas as ideias divagam e hora ou outra nos perdemos em meio aos pensamentos mais longínquos. Começando do começo vai ser mais fácil você entender o motivo de hoje eu escolher escrever sobre saudade.
Meu marido e eu vivemos as alegrias e desafios de um segundo casamento. No ímpeto de recomeçar uma vida realmente nova tivemos a direção de nos mudar para mais perto do trabalho dele. A mudança implicava nos afastar das pessoas que amamos mas também nos afastaria dos desgastes e problemas. Reconheçamos que estar próximo da ex do atual, do atual da ex, do ex, da atual do ex… Só de ler já soa intranquilo, imagina conviver? É desafiador lidar diariamente com coisas mal resolvidas do passado, com pessoas ressentidas, amarguradas, cheias de sentimentos tóxicos, inveja, melindres, etc. Em um dado momento, entendemos que era chegado o tempo de lutar por nós, de nos permitir um recomeço, de mudar de ares e mares. Nos afastar de tudo trouxe muito avanço, crescimento como casal, senso de família pertencimento um ao outro, mais qualidade de vida…. Como o estresse é maléfico para a saúde. O ganho em qualidade de vida foi evidente na nossa saúde física, mental e emocional. Para exemplificar, explico as evidências apontadas em nossos exames laboratoriais e clínicos, que passaram a indicar equilíbrio na glicose, colesterol, peso, pressão arterial, sono, etc. Isso tudo melhorou muito. Além disso, tivemos a oportunidade de conhecer gente, fazer novos amigos… Amizade sempre agrega. A gente não perde os amigos conquistados no passado, soma-se aos novos, coleciona-se ao longo da vida.
Voltando a falar sobre saudade. Ela às vezes dói mas também é necessária quando se quer olhar pra frente.
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